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Grécia põe dólar perto de R$1,80, com alta de 2,1% SILVIO CASCIONE  REUTERS0 comentárioSCOMENTE IMPRIMIR ENVIAR POR EMAILTópicos: dolar; fecha; atua*SÃO PAULO - A crise na Grécia manteve a pressão sobre a taxa de câmbio no Brasil nesta quarta-feira e o dólar fechou no maior nível desde o final de março, ameaçando romper o patamar de 1,80 real.  A moeda norte-americana terminou a 1,798 real, com alta de 2,10 por cento. Foi o maior avanço percentual diário desde 4 de fevereiro e a cotação de fechamento mais alta desde 29 de março. No mês, o dólar tem alta de 3,45 por cento. No ano, a valorização da divisa dos Estados Unidos é de 3,16 por cento. Assim como na véspera, quando o dólar subiu 1,67 por cento, o Banco Central realizou apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista. O cenário é oposto ao de apenas dois dias atrás, quando o dólar era cotado em torno de 1,73 real, menor patamar desde janeiro, e o BC vinha realizando dois leilões de compra de dólares por dia. O mercado já trabalhava com a hipótese de que a continuidade dos ingressos de recursos derrubasse a moeda abaixo de 1,70 real. Desde então, o temor sobre a crise na Grécia ganhou força. Mesmo com a aprovação do pacote de ajuda de 110 bilhões de euros pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), continuaram as dúvidas sobre um possível contágio da crise sobre outros países, como Portugal e Espanha. Além disso, três pessoas morreram no centro de Atenas após um incêndio provocado por manifestantes contra as medidas de austeridade fiscal, em uma demonstração da resistência crescente às reformas fiscais . O euro ameaçou romper o patamar de 1,28 dólar, no menor patamar em mais de um ano. O rompimento desse nível poderia levar a moeda rapidamente a 1,25 dólar por causa de ajustes de posição, afirmaram profissionais no exterior. No Brasil, os ajustes já zeraram quase toda a posição vendida de estrangeiros em dólares nos mercados futuro e de cupom cambial. Segundo dados da BM&FBovespa, eles reduziram em quase 2 bilhões de dólares essas posições, para 905 milhões de dólares no fim de terça-feira. Mas, de acordo com operadores locais, a dinâmica interna do mercado ainda aponta para a queda do dólar. "Com a alta da Selic (para 9,5 por cento ao ano), deve ter um fluxo de capital para renda fixa", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora. A entrada de capitais no fim do mês passado aumentou, de fato, garantindo um fluxo positivo de 2,248 bilhões de dólares no mês, informou o Banco Central nesta quarta-feira. Foi o maior superávit desde novembro do ano passado. Até o dia 23, o fluxo estava praticamente equilibrado, com saída líquida de 9 milhões de dólares.