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Suspeito de Times Square colabora, mas motivação é incertaShahzad levava vida estável em Connecticut; declarações não dão pistas às autoridades

NOVA YORK - Faisal Shahzad, o paquistanês acusado de tentar detonar, no sábado à noite, um carro-bomba na Times Square, em Nova York, está cooperando com as investigações, o que levou ao cancelamento de uma audiência judicial marcada para ontem, disseram autoridades. O esclarecimento sobre suas motivações, porém, ainda é algo buscado pelas autoridades.

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Shazad levava uma vida estável, em um bairro residencial de classe média em uma cidade do Estado de Connecticut. Além de seus títulos em Economia e Finanças, o homem, que é filho de um oficial reformado da Aeronáutica paquistanesa, teria buscado uma "complementação" para sua formação, com um treinamento em explosivos no Paquistão.

Ele estava sob vigilância e seu nome havia sido incluído em uma lista de pessoas não autorizadas a embarcar em aviões. Apesar disso, Shazad, também cidadão americano, conseguiu entrar em uma aeronave que iria para Dubai, mas foi detido antes da decolagem no aeroporto internacional John F. Kennedy. Os passageiros que desembarcaram do voo horas depois disseram que tudo transcorreu com calma, pois ele não resistiu à prisão.

O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse que Shahzad deu informações valiosas aos investigadores. "Pelo que sabemos até agora, é evidente que se tratou de um plano terrorista com o intuito de assassinar americanos em um dos lugares mais movimentados do país", afirmou.

O Taleban paquistanês chegou a reivindicar a autoria do atentado, porém as autoridades seguem investigando. O Exército do Paquistão não acredita que a milícia insurgente esteja implicada no ataque, disse nesta quarta um porta-voz.