Revista Manchete 1

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Chega a vez de os pilotos reclamarem

 

A turbulência na Fórmula 1 está longe de terminar. Depois da polêmica dos difusores e do dinheiro que a Renault e a McLaren cobraram de Bernie Ecclestone para colocar os carros no grid do Grande Prêmio da Austrália, os pilotos também resolveram protestar. Muitos reclamam do horário marcado para a largada do GP da Malásia, às 17 horas de domingo (6 horas em Brasília), estipulado pelos organizadores para agradar às emissoras de TV europeias.

Os competidores alegam ter enfrentado problemas por causa do pôr do sol na primeira etapa da temporada. "Em Melbourne, no fim da corrida, a visibilidade era muito baixa, o que aumentava o risco de erros. Seria preferível que a corrida retornasse ao seu horário habitual (14 horas) ou virasse uma prova noturna, bem iluminada", comentou o alemão Nico Rosberg, da Williams.

A situação pode ficar mais crítica em caso de pista molhada - existe a possibilidade de chuva durante a corrida. "Temos enfrentado vários temporais na Malásia nas primeiras horas da tarde e este ano a probabilidade de que isso ocorra quando estivermos na pista será maior", alertou o também alemão Nick Heidfeld, da BMW.

"É possível que a combinação de pouca luminosidade com chuva seja um grande problema em Sepang", ponderou o japonês Kazuki Nakajima, companheiro de Rosberg na Williams, que sofreu um acidente em Adelaide e não terminou a prova.

DIFUSOR

O presidente da Ferrari e da Associação de Equipes de Fórmula 1, Luca di Montezemolo, pediu agilidade da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no julgamento da legalidade dos difusores de Brawn GP, Toyota e Williams. Segundo o dirigente, a indefinição está causando uma desigualdade entre as equipes.

"Das duas uma: ou estes difusores estão dentro do regulamento, e então seria necessário divulgar o quanto antes para que todos se adaptem, ou não estão, e neste caso também é preciso anunciar o mais rápido possível."

Para o dirigente italiano, a continuidade da indefinição por parte da FIA pode criar uma desigualdade entre as equipes que não é positiva para o prosseguimento da disputa da categoria.