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Cavalhadas

Post n°7 pubblicato il 17 Ottobre 2006 da Graciene
 






Reconhecida
como uma das mais significativas cavalhadas do Brasil,



esta festa virou
símbolo, modelo para outras cidades.



A pompa, a garbosidade e a seriedade desta
manifestação encantam até mesmo nós, pirenopolinos, que já acostumados estamos
a ela.

Sua origem na Europa



Durante

a dinastia carolíngia, em finais do século VIII d.c., portanto há quase

de 1300 anos, Carlos Magno, de religião cristã, investiu contra os

sarracenos, de religião islâmica, para impedí-los de invadir o centro

da Europa, o sul da França. Carlos Magno, ao se afastar da França,

deixou-a exposta a invasão pelos saxões, obrigando-os a retornar. Porém

deixou na liça o valente Conde de Rolando com sua guarda pessoal: Os

Doze Pares de França. Quando ocorreu a famosa Batalha de Roncesvalles,

em 778 dc. Rolando foi massacrado pelos árabes sarracenos, de religião

islâmica, e aldeões locais, de religião cristã. Apesar da derrota, o

feito foi amplamente divulgado, como mostra de bravura e lealdade

cristã, por trovadores que viajavam por toda a Europa. E ficou sendo

conhecida como a "A Canção de Rolando", um verdadeiro épico, cantado
em

trova, como forma de incentivar a população cristã contra as investidas

dos exércitos islâmicos.



Conhecidos como mouros, os mulçumanos

da Mauritânia, invadiram, nos idos do século VIII, o sul da Península

Ibérica, dominando a região de Granada, de onde foram expulsos somente

em fins do século XV. Foram quase 800 anos de ocupação moura por quase

toda a península, o que, inegavelmente, colaborou para o avanço

tecnológico destas nações, uma vez que os mulçumanos árabes,

propagadores do islamismo, eram mais evoluídos, do ponto de vista

tecnológico, artístico e cultural, do que os cristãos da época. Os reis

que resistiram a este avanço refugiaram ao norte da península e

mantiveram intacta sua cultura, vindo deles a iniciativa de expulsão da

soberania moura na Península Ibérica.



Incorporada ao folclore,

durante séculos, a História de Carlos Magno era atração nas vozes dos

trovadores e, somente em idos do século XIII, em Portugal, é que

resolveu instituí-la como uma festividade, aos modos de uma

representação dramática, quase que como um jogo de xadrez, a fim de

incentivar a instituição cristã e o repúdio aos mouros. Num grande

campo de batalha, onde de um lado, o lado do poente, 12 cavaleiros

cristãos vestidos de azul, a cor do cristianismo, lutam contra 12

cavaleiros mouros vestidos de vermelho, encastelados no lado do sol

nascente.




No Brasil e em
Pirenópolis



No Brasil esta representação dramática foi introduzida, sob autorização da

Coroa, pelos jesuítas com o objetivo de catequizar os gentios e

escravos africanos, mostrando nisto o poder da fé cristã. Por todo o

Brasil encontramos as Cavalhadas sendo representada, em diferentes

épocas, prova de que esta manifestação folclórica nada tem a ver, de

origem, com a Festa do Divino ou a Pentecostes, como é no caso de

Pirenópolis.




Introduzida em
Pirenópolis em 1826, pelo

padre Manuel Amâncio da Luz, como um espetáculo chamado de "O Batalhão

de Carlos Magno". Pirenópolis manteve forte esta tradição, uma porque

os primeiros colonizadores desta antiga cidade mineradora eram, em sua

maioria, portugueses oriundos do norte de Portugal, local onde mais se

resistiu à invasão moura, outra porque o caráter centralizador da

população dominante viu com bons olhos o efeito separatista entre as

classes sociais. Porém o que mais motiva a população a manter viva a

infindável rixa entre mulçumanos e cristão é a beleza do espetáculo e o

prazer pela montaria.



Os Mascarados



Os Mascarados é tão grande atração quanto os cavaleiros mouros e cristãos.

Conhecidos também como "Curucucús", por causa do som que emitem, são

pessoas que se vestem com máscaras, roupas coloridas, luvas e botas.

Mudam a voz ao falar e cobrem todo o corpo para que ninguém os

reconheçam. Enfeitam seus cavalos com fitas, tecidos, plantas e tudo

quanto a criatividade mandar. Tradicionalmente existe vários tipos. Os

mais tradicionais são aqueles com máscara de cabeça de boi, seguindo

pelos que usam máscaras de onça, máscara de homem, e mais recentemente

apareceram aqueles com máscaras de borracha, com cara de monstro,

desfocando um pouco a originalidade da Festa. Mas isso não diminui a

beleza e o entusiasmo dos Mascarados, que já no sábado saem às ruas à

galope em algazarra. Pedem com vozes fanhosas cervejas e cigarros aos

transeuntes e divertem a população com suas acrobacias e brincadeiras.



A máscara de boi é a
mais tradicional e só é encontrada entre os

Mascarados de Pirenópolis. Outro mascarado muito interessante é o São

Caetano, chamado assim pois orna seu cavalo, escondendo-o, com ramas de

Melãozinho de São Caetano, erva trepadeira muito comum, e folhas de

bananeiras. Leva na cabeça uma máscara de homem, com um chifre reto na

testa, e na mão uma cesta de frutas que atira para a platéia. Outro

muito engraçado veste-se com um macação extremamente grande de tecido

de colchão que recheia com capim, ficando enormemente gordo, envolvem a

cabeça com um pano preto onde pinta em branco a face de uma caveira.



Não se sabe a origem destes personagem, que são encontrados em todas as

cavalhadas do Brasil com diversas diferenças entre as cidades. Eles se

fundem com os cristãos e mouros num trinômio perfeito. Representam o

papel do povo e daqueles que não tem acesso a pompa dos cavaleiros, que

representam socialmente a elite e o poder. São irônicos e debochados,

fazendo críticas aos poderosos e ao sistema. E, ao contrário da rigidez

dos Cavaleiros, entre os Mascarados não há regras, tudo é permitido,

menos mostrar sua identidade.




 

 
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