Washington - A preocupação global com a situação dos bancos afetou as Bolsas da Europa nesta terça-feira e forçou o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Tim Geithner, a mostrar que o governo dos Estados Unidos não vai precisar aprovar no Congresso qualquer novo pacote para ajudar os bancos. Geithner afirmou que o governo dispõe de US$ 134,6 bilhões para estabilizar o sistema financeiro e pretende ajudar os bancos maiores, e que necessitem de capital, a enfrentar a crise.

Veja também:

FMI: necessidade de capital de bancos supera US$ 1 trilhão

AIG fecha acordo de troca de títulos com o Tesouro

Mercados asiáticos têm baixas por preocupação com crédito

EUA: programas de socorro do governo envolvem US$ 2,98 tri

De olho nos sintomas da crise econômica

Dicionário da crise

Lições de 29

Como o mundo reage à crise

"Temos os recursos para avançar em todos os aspectos de nosso plano de estabilização financeira", afirmou em carta ao Congresso, divulgada nesta terça-feira.

O recurso que ainda está disponível é proveniente do pacote de ajuda financeira de US$ 700 bilhões, proposto pelo governo George W. Bush e aprovado pelo Congresso em outubro do ano passado. Dos US$ 134,6 bi, US$ 25 bi devem vir de dívidas pagas de instituições financeiras que receberão ajuda do governo durante a crise financeira.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, publicada nesta terça-feira, Geithner indicou, porém, que a saúde financeira de cada banco não será o único critério para o governo aceitar o reembolso da ajuda das instituições. Entre os grandes bancos, o Goldman Sachs e o J.P. Morgan Chase & Co vieram à público informar que querem pagar de volta o que receberam ao governo.

Cerca de metade do pacote de ajuda aprovado por Bush havia sido comprometido antes do governo Obama assumir. Foram US$ 117.4 bi em 'socorro excepcional' à AIG, Bank of America, Chrysler e General Motors, US$ 218 bi em programa de compra de capital e US$ 20 bi para o objetivo inicial de compra de títulos podres.

Tags: ajuda, bailout O que são TAGS?